Eles não conheceram o mundo sem internet, não diferenciam a vida on-line da off-line e, querem tudo para agora. Críticos, dinâmicos, exigentes, preocupados com o meio ambiente, sabem o que querem. Autodidatas, não gostam das hierarquias nem de horários inflexíveis, “Muito prazer, somos a Geração Z”.
Esse grupo de jovens são os que nasceram após 1995, e que agora, começam a entrar no mercado de trabalho, bastante confiantes. Cada geração, por sua vez, possui sua visão de mundo (da realidade que os cerca). A mesma, separa indivíduos de acordo com sua época de nascimento e, do contexto histórico no qual fora educada para tornar viável o entendimento de cada grupo de indivíduos que, tendem a reagir de forma semelhante, em determinadas situações. De maneira geral, a cada 20 anos observa-se uma nova geração que substitui a outra.
A forma como se relacionam, uns com os outros, é experiência altamente valorizada e, a construção de uma narrativa própria é prerrogativa.
Geração Z na era digital
A geração Z cresceu e se desenvolveu imersa à tecnologia, o que a tornou hiper cognitiva (capaz de viver múltiplas realidades, presenciais e digitais, ao mesmo tempo). Isso significa que o cérebro desses jovens é como das pessoas de outras gerações, porém, com sinapses diferentes, assim como sua capacidade de processamento e cruzamento de informações.
Segundo artigos sobre o tema, a geração Z apresenta alguns comportamentos que a distingue das demais gerações, apresentando potencial de influência na sociedade para grandes mudanças. Mas, com toda essa conectividade, alguns problemas pontuais poderão surgir, isso porque, jovens dessa geração nunca estiveram tão suscetíveis à depressão, à ansiedade e ao suicídio.
Estar constantemente on-line pode causar uma diminuição na autoestima, muitas vezes, ocasionada pelos comparativos e ciúmes, entre outros comportamentos, sentimentos e pensamentos que se manifestam através das interações e consumo de conteúdos criados em um mundo “fake”.
Segundo o estudo da Monitoring the Future de 2016, um jovem de 13 anos que passa mais de dez horas por semana nas redes sociais, tem 56% mais chance de sentir-se infeliz. O estudo também afirma que 27% dos usuários das mídias sociais estão mais suscetíveis à depressão.
Para a “Geração Z”, há uma tendência maior de se criar o próprio caminho durante a adolescência, seja construindo novos sistemas de educação ou, criando marcas próprias, eles desejam criar novos conceitos sociais e reformular os ultrapassados. As marcas que fizerem o mesmo serão capazes de atrair este público. Esses jovens tendem a buscar marcas que, assim como eles, valorizam a capacidade de autoexpressão e autonomia (marcas que tentam agradar a todos sem um posicionamento claro, não são bem-vistas por este público).
Onde a “Genz” estão gastando tempo?
Em sua pesquisa, a Pew Research afirma que, 95% dos adolescentes têm acesso a um smartphone, e que 45% destes adolescentes estão on-line constantemente. Criar conteúdo para a Geração Z, significa encontrá-los onde estão e, entender o motivo de estarem em cada canal digital. No “YouTube”, por exemplo, os conteúdos mais consumidos por eles normalmente tem como estratégia, ensinar algo novo e/ou como as coisas funcionam.
Em um estudo realizado pela Defy Media, 50% dos adolescentes disseram que não poderiam viver sem o YouTube, e 47% declararam passar mais de três horas por dia na plataforma, 70% dos espectadores adolescentes do YouTube se relacionam melhor com seu youtuber/influencer favorito, do que com outras celebridades.
O que fica para as gerações anteriores é também, saber, compreender e explorar todo o potencial desses jovens de forma positiva. Conta pra gente, esse tem sido um de seus desafios?
